Por: Spósito, Carôzo, Bitencourt, Nogueira e Pereira
O alcoolismo é um problema endêmico em muitas partes do mundo; o ser humano conhece a produção de bebidas alcóolicas há milênios e o consumo de álcool está associado a tantos eventos que praticamente sempre existe uma motivação. Atualmente o consumo de bebidas alcoólicas pelo público jovem se tornou um grande problema.
De acordo com dados da Pesquisa Nacional da Saúde Escolar (PENSE) em 2016 cresceu em 55% o número de adolescentes do último ano do ensino fundamental que já experimentaram bebidas alcoólicas. De acordo com a pesquisa, 21,4% já sofreram algum episódio de embriaguez na vida. O início de consumo de álcool antes dos 15 anos aumenta em quatro vezes o risco de alcoolismo no futuro, relativamente aos que iniciam o consumo mais tarde, aos 21 anos.
Sem desprezar os fatores genéticos e emocionais que influem no consumo da bebida – o álcool reduz o nível de ansiedade e algumas pessoas estão mais propensas a desenvolver alcoolismo –, a pressão do grupo de amigos, o sentimento de onipotência próprio da juventude, o custo baixo da bebida, a falta de controle na oferta e consumo dos produtos que contêm álcool, a ausência de limites sociais colaboram para que o primeiro contato com a bebida ocorra cada vez mais cedo.
O gráfico, de acordo com Misael Lima, mostra o percentual de adolescentes que mais consome bebidas alcoólicas no mundo e no Brasil, destacando as idades, os locais mais frequentes de uso do álcool, o abuso do álcool. Informa os riscos cardiovasculares gerados pelo seu consumo excessivo.
Nesse contexto, os adolescentes são vulneráveis ao consumo de álcool, uma vez que estão numa fase de experimentação e curiosidade, sentem-se imunes aos riscos, e são sujeitos à pressão dos colegas para se sentirem integrados a um determinado grupo. O consumo de álcool nesta fase poderá condicionar e restringir todo o potencial de desenvolvimento dos jovens, interferindo na sua qualidade de vida.
Assim, é de extrema importância abordar os consumos de álcool e outra drogas com os adolescentes em todas as oportunidades, quer em meio hospitalar, quer na comunidade, alertando para os seus riscos.